sexta-feira, 30 de março de 2018

IV Trail De Almeirim - Na Rota do Vinho e da Sopa da Pedra


O trail de Almeirim já começa a ser tradição. Mas não é só para mim, é também para a família que vai acompanhar a prova e comer a sopa da pedra. Este ano seria igual, pelo 3º ano, não fosse a ameaça da tempestade Hugo ter estragado os planos….


Foi no almoço de ano novo que ficou uma vez mais combinado que a 18 de Março nos iriamos reunir novamente todos em Almeirim – no ano passado se não tínhamos a maior mesa no almoço, andámos la perto! Decisão tomada, inscrição efectuada para os 30k, que afinal iriam ser 35.

Não gosto, nem tenho de arranjar justificações para os resultados melhores ou piores que consiga obter, mas a realidade é que para esta prova a preparação foi claramente insuficiente. Estes primeiros meses do ano não têm sido muito favoráveis; 1º foi a recuperação da lesão que fiz nos 100k de Abrantes, e depois quando estava a voltar a treinar bem em Fevereiro fui atacado por uma constipação que não esta ainda totalmente curada…
Foi então com uma preparação “assim-assim” que me apresentei em Almeirim. Entretanto, e por culpa das ameaças de tempestade, tomamos a decisão de a equipa de apoio ficar por casa; caso se confirmassem as previsões era complicado ir para Almeirim com as 3 crianças…

Aparentemente as previsões assustaram também vários atletas, porque eramos apenas cerca de uns 100 na linha de partida.
Antes da partida, com a Ana e o Paulo.
Foto do  outro Paulo!


Contrariamente aos anos anteriores este ano o percurso sofreu algumas alterações; em vez de começar e acabar no mesmo local (a prova dos 30k, porque a L.U.T.A. começava e acabava no pavilhão) era um percurso em linha. Desta forma fomos de autocarro ate Marianos, e depois de ver passar os 1º classificados da LUTA (grande Rovisco em 1º lugar!!) teve inicio a nossa prova.

Tinha claramente a noção que não estava bem, pelo que arranquei sem forçar grandes ritmos­ no inicio, puxando apenas um pouco pelo 3º km para evitar um possível engarrafamento numa subida. E rapidamente entramos no sobe e desce, no parte pernas autentico que caracteriza esta prova. 

Pequenas rampas a subir e descer e que lhes vemos o fim, mas que assim que acabam viramos para o lado e temos outra rampa igual, no sentido inverso, em constantes ‘S’.
E foi com este parte pernas que cheguei ao 1º abastecimento, cerca do 11º km. 


A poucos metros do 1º abastecimento, fotos do Paulo!

Não me demorei, peguei apenas num pedaço de banana e segui. Os flasks iam cheios ainda, pelo que não senti necessidade de mais nada.
E se até aqui tinha vindo quase sempre acompanhado, a partir deste ponto segui já mais sozinho.
Apesar de não estar na minha melhor forma estava a aguentar-me bem, até ao 16ºkm onde tive um ataque de tosse que parecia que saltava tudo para fora…. Estive uns minutos parado, ate conseguir recuperar um pouco, e decidi abrandar o ritmo, de forma a baixar os BPM e a respiração.
Com este baixar de ritmo comecei a ser ultrapassado por vários atletas, mas isso seria o menos importante. Fui também apanhado, cerca do km 20, pelo meu amigo Paulo Sousa. Contei-lhe o que se tinha passado e disse-lhe que ia seguir nas calmas, para ele seguir que no final la nos encontrávamos, mas ele decidiu ficar e seguirmos juntos. Km 23 e abastecimento, neste parei, enchi os flasks e aproveitei para comer alguma coisa. Estivemos parados aí uns 5 minutos e seguimos, em ritmo de passeio e na conversa.

Se as previsões para este dia eram de tempestade, neste segmento tive calor que parecia verão! Ate ao abastecimento seguinte, 30º km seguimos nas calmas alternando corrida com passo rápido, e depois de mais uma pausa para reabastecer no ultimo abastecimento decidimos correr um pouco. 
No último abastecimento

Pouco depois do último abastecimento, 4km para a meta

Faltavam cerca de 4km, já cheirava a sopa da pedra e à caralhota!!

Quase 5h depois do inicio cortámos a meta. Foi, de longe, a pior prestação que tive nas 3 participações do Trail de Almeirim, mas dadas as circunstancias fazer melhor era difícil.


Quanto à organização, já sabia com o que contar e uma vez mais não desiludiram. Gostei da alteração do percurso, embora ache um pouco chatos aqueles ‘S’ nos km iniciais, onde descemos e subimos por vezes lado a lado, mas percebo, pois sem grande altitude de serra tem de se criar altimetria; quanto ao resto tudo excepcional desde as marcações a abastecimentos, a massagem no final e os banhos com água quente, e o almoço.
A famosa caralhota! :P 


Até para o ano!!!!


domingo, 4 de março de 2018

1º Almada Trail - Terra & Mar


Um trail em Almada, ou na Costa da Caparica para ser mais preciso, não seria coisa que me seduzisse muito, mas após voltar aos treinos depois da lesão que sofri nos 100k de Abrantes e não ter ido aos Trilhos dos Reis, acabei por me inscrever nesta prova.

Assim, em vez de me levantar de madrugada para ir treinar para a Arrábida, acordei à 8, tomei o pequeno-almoço com a Bela e os miúdos e saí de casa por volta das 9.20!!

20 minutos de viagem nas calmas até à Costa e estava estacionado perto do local da partida. Não estava era à espera que houvesse tanta gente!! Tinha pensado que daria tempo para chegar, fazer um ligeiro aquecimento e ir para a zona de partida, mas quando cheguei e vi tantos atletas achei que era melhor ir tentar arranjar um lugar lá para a frente. E achei bem!! Acabei por fazer um "aquecimento" muito ligeiro quase sem poder mexer!

E pelas 10h é dada a partida. Tentei não arrancar demasiado rápido como por vezes há tendência a acontecer, mas também queria tentar afastar-me o máximo da confusão de atletas. 1º km feito a um ritmo confortável de 4'18", até chegar à zona onde deixávamos o estradão e apanhar o 1º single, a subir. O cenário era parecido com este, mas anda assim com menos atletas do que na foto:
Já se vê lá à frente o acumular de atletas
Foto de Nuno Santiago

Tudo parado à espera....
Foto de Nuno Santiago

Foto de Nuno Santiago
Pois é, erro grave da organização, numa prova com tanta ente colocar um single assim tão no início. Outra coisa que aconteceu na zona do pelotão onde ia, é que os atletas mais lentos não facilitaram nada quem queria subir mais rápido... 
Ultrapassado este pequeno obstáculo, continuámos a subir pela estrada até aos Capuchos e depois do miradouro continuámos pela falésia, entre trilhos e estradão, ora com areia muito solta ora com piso mais amigável para correr. 


A minha prova ia a correr sem problemas, sem forçar ou dificuldades, até por volta do k10/11 levei uma marretada enorme.... Não sei o que foi, sei que fiquei sem força nas pernas 



Acabei por abrandar bastante, e nalgumas zonas alternar a corrida com caminhada. Não estava calor, não tinha fome, tinha estado sempre a beber de 20 em 20' +/-, aparentemente o corpo não estava com muita vontade de correr e acabei por respeitar essa vontade e fui correndo o que conseguia. 
Desisti de qualquer objectivo de tempo que pudesse levar e fui seguindo apenas para terminar a prova.
Os últimos 4 km eram pela praia. Pensei que esta parte ia ser a mais custosa, mas pelo contrário aqui, e já com imensa gente pela praia da prova mais curta, da caminhada e populares que estavama aproveitar o sol na areia, voltei a correr sem dificuldades. Não ia com um super ritmo, mas acabei por fazer estes km a média de 5'/km. 
Foi com algum alívio, e chateado e desiludido com a minha prova que terminei, recebi o brinde e segui para o carro para rumar a casa.
Fiz os 22k em 2h14', não sei em que posição fiquei porque passadas 2 semanas ainda não apareço na classificação, apesar de já ter enviado vários mails à organização, inclusive com o meu track da prova...

Não luto pelos primeiros lugares, não tenho capacidade para isso e tenho noção, mas vou para as provas para competir, dar o meu melhor e divertir-me. Nesta não consegui nenhum desses objectivos..
Mas como dizem os jogadores de futebol, agora há que levantar a cabeça e seguir em frente. Dia 18 de Março há uma sopa da pedra para se ir comer a Almeirim e em Maio ( sempre em Maio!! ) o grande objectivo do semestre, o EGT!