quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

2015 – O ano da confirmação

2015 termina e é hora de fazer balanço. Considero que foi um ano bastante positivo, uma vez que todos os objectivos a que me propus, com maior ou menor dificuldade, foram cumpridos.

O ano até nem começou bem. Logo em Janeiro, na 1ª prova do Troféu de Atletismo do Seixal, ainda no aquecimento senti uma dor no joelho esquerdo. Ainda fiz a prova, consegui terminá-la mas em mau estado. Depois de muito gelo, Voltaren e descanso, cheguei a 1 de Fevereiro sem grandes dores, e fui fazer os 15k do Trail de Bucelas.

Chega Março, e decido inscrever-me para a Maratona de Lisboa, a realizar a 18 de Outubro. Havia muito tempo, dava para treinar, e ia tentar fazer a prova rainha. Entretanto, vou sendo desafiado para em Julho ir fazer o Ultra trail do Monteda Lua. Como não sou de virar a cara a um bom desafio, aceitei e a 18 de Julho concluo a 1ª Ultra, 52k em 9h!! Estava feita, e o foco voltou a ser a maratona, ainda que com algumas provas de trail pelo meio. Os meses passam, vão-se somando treinos e quilómetros, e chega o dia M!

Objectivo que foi concluído com grande sucesso, orgulho e emoção. A partir daí, o foco voltou a ser o Trail, e entretanto conclui mais 2 ultras. Se em Grândola não correu tão bem como queria, na Ericeira sofri, estive prestes a desistir, mas consegui.

2015, o ano da confirmação. Confirmação que descobri um desporto que me apaixonou, um desporto que me faz sentir bem, feliz.

2016 está a chegar, e é hora de traçar novos objectivos.
A Maratona não sei se a volto a fazer este ano, mas é claramente uma prova que quero voltar a fazer, tudo é diferente de todas as outras provas em que já participei.

Há alguns Trails que quero fazer, pelo local da sua realização, pelos relatos que vou lendo e deixam a boca a salivar. Dia 10 de Janeiro, há já o Trail Centro Vicentino da Serra, que desde que vi no ano passado a reportagem da prova na rtp2 decidi que a queria fazer;  em Março a versão nocturna dos Trilhos do Javali, na “minha” Arrábida,  em Setembro haverá o Grande Taril da Serra D’Arga, do fantástico Carlos Sá; em Outubro, o DuraTrail também na Arrábida.

E em Maio… em Maio será, para já, o grande objectivo do ano: os 100k do Ultra Trail da Serra de São Mamede. Será um desafio como nunca tive nenhum, mas acredito que com dedicação, perseverança, determinação, e muito treino, conseguirei alcançar a meta. Tudo farei para que isso aconteça ;)


Aproveito ainda para desejar a todos que lêem este cantinho, um feliz 2016, e que todos os vossos desejos se realizem.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Ericeira Trail Run 2015 - Será que alguma coisa podia correr pior??




Nos últimos dias não treinei tanto quanto queria.
Nos últimos com os 2 miúdos adoentados, não descansei o que devia.
Apanhei uma constipação na passada 5ª feira..
Na 6ª feira à noite ainda estava na dúvida se preparava as coisas para sábado ou não... mas lá acabei por preparar a mochila, dormir meia dúzia de horas e à hora marcada estar no local combinado com o Paulo para seguirmos para a Ericeira.

A viagem correu sem sobressaltos, e com os dorsais já levantados na Pro Runner, e depois de chegar, fomos para o edifício do secretariado para nos abrigarmos do frio.
Depois de nos equiparmos, voltámos para este edifício, para ouvir o briefing. Ouvir, ou tentar ouvir, porque as pessoas a falar não deixavam ouvir em condições as indicações que nos eram dadas...
O controlo zero, que era suposto haver, não houve.

Perto da hora da partida, que segundo o regulamento seria impreterivelmente às 8, fomos encaminhados para a zona de partida, ladeados por umas barreiras de plástico. No sistema de som só se ouvia o responsável repetir que nos primeiros metros o iríamos acompanhar, e que não o podíamos passar. Após várias repetições desta indicação, só dei conta de começar tudo a correr, sem ouvir qualquer tiro de partida. Sinceramente, não percebi esta partida, e não gostei.

Logo nos primeiros km comecei a sentir algumas dificuldades. O vento que se fazia sentir era bastante, e com o nariz tapado, tinha bastantes dificuldades em respirar. Com o corta-vento vestido sentia calor, e sem ele não conseguia ir, com o frio... Aos 7/8 km lá consegui aguentar sem ele e assim seguir. Nesta altura já me sentia melhor, e cheguei bem ao 2º abastecimento, apesar de cheio de fome. Aqui demorei-me sem me preocupar com o tempo, comi o que achei necessário para ficar sem fome, e depois lá segui.

Passados uns km voltei a sentir dificuldades, e desta vez, por volta do km 30/31, bati no fundo. Senti-me sem forças para continuar, e estava decidido a desistir no abastecimento seguinte, no km 35. Caminhei durante alguns km, sozinho, e a decisão parecia estar tomada, até que tentei voltar a correr, o que consegui, apesar de alguma dificuldade. Adiei a decisão para o abastecimento, e aí descansei comi e bebi, e decidi que ia tentar chegar ao próximo, 8 ou 9 km depois...

Neste segmento consegui correr mais que antes, e chegado ao último abastecimento, a cerca de 8km da meta, não havia motivos para não seguir até ao fim!! Este segmento foi fácil, sempre estradão e a descer até à Ericeira.

7h14m depois da partida, cortei a meta. Custou bastante nalguns momentos, levei em cheio com a marreta, mas consegui terminar. Terminar foi mesmo o mais positivo, porque de resto quase tudo correu mal, Nem o relógio gravou o percurso da prova....

Em relação à prova/organização, sinceramente não gostei. Como já referi, não percebi a partida, acho que durante o percurso poderiam haver mais elementos do staff, não vi nenhum meio de assistência em todo o percurso, e apenas num cruzamento um elemento da GNR, quando passámos vários cruzamentos com trânsito. Falhas muito graves, na minha opinião. Na parte final, a passagem pela praia dos pescadores, também nada vem acrescentar à prova, bem pelo contrário, não percebi a necessidade de nos enviarem pela praia, o que apenas serviu para massacrar na areia e na subida final..