quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Rock'n'Roll Maratona de Lisboa 2016

Cada vez gosto mais de Trail, mas terminar a prova rainha é uma sensação indescritível.

Ao contrário da participação na maratona do ano passado, a minha 1ª, este ano não há tanto para contar!
Até ao último dia de inscrições estava na dúvida se ia fazer a maratona ou não. Uma semana antes ia fazer os 53k do Grande Trail Serra D'Arga, pelo que corria o risco de não estar nas melhores condições para esta prova. Ainda assim, inscrevi-me!! 
No ano passado fiz a maratona, a 1ª, e adorei. Cortar aquela meta é uma sensação brutal, e este ano não resisti ao chamamento!

A semana anterior à prova foi essencialmente de recuperação. 3k lentos na segunda-feira, e 4 na sexta. No domingo foi sem qualquer pressão que me dirigi para Cascais. O plano era gerir dentro do possível, e chegar ao fim.

Tal como no ano passado, o carro ficou em Algés, e segui de comboio para Cascais. Lá chegado, dirigir para a zona da partida e tratar da logística: wc, equipar, levar o saco para o camião, aquecer e ir para a caixa de partida.

Tal como no ano passado, tinha como companheiro de maratona o Nuno Oiveira: para o ano vamos à terceira?!

Após uns minutos de espera, dá-se a tão aguardada partida. Este ano pareceu estar mais gente, e por isso uma partida mais lenta e confusa. Feito o primeiro km, o pelotão começa a alargar e a haver aos poucos mais espaço para correr. Vamos os dois juntos e a controlar mutuamente o ritmo: quando um se entusiasma, o outro mete travão!!

Por volta do km13 tenho de fazer uma pequena paragem para aliviar a bexiga, e perco o grupo onde íamos, junto do balão das 3h30'. Depois de voltar a tentação era acelerar para os poder apanhar, mas isso poderia ter repercussões negativas mais à frente, pelo que segui no meu ritmo sozinho.
Ao chegar à zona de Belém voltei a apanhá-los, o Nuno diz que vai com uma ligeira dor, e para eu seguir, e assim fiz. Ia a sentir-me bastante bem, e talvez tenha exagerado no ritmo nesta parte, mas o corpo e a adrenalina estavam a pedir, e eu deixei-me ir. E assim segui até cerca do km28, onde, seguindo o plano que havia traçado, devia comer uma barra que levava comigo. Abrandei, e a certo ponto fui a caminhar, para poder comer e beber. Lembro-me bem do ano passado que custou-me bastante a fazer aqueles km a seguir a Santa Apolónia, por isso este ano queria ter energia para passar essa zona sem o mesmo custo.
Voltei a correr, não tão rápido como antes, mas num ritmo mais calmo agora; as pernas já começavam a acusar o cansaço acumulado.
Passei Santa Apolónia, e o encontro com os atletas da meia-maratona... esta é a parte que mais desgosto nesta prova. Aqui vamos já com 33/34 quilómetros, muito mais lentos que os atletas da meia, e somos completamente engolidos pelo pelotão.

Prossegui ao meu ritmo calmo e cheguei finalmente à zona do Parque das Nações.
Assim que entro na Av D João II, com o apoio do público dos 2 lados, esqueci o cansaço, a meta era já ali à frente e acelerei por ali fora!!


Corto a meta com o tempo de 3h38'. Uma semana depois de fazer 58k na Serra D'Arga, consegui fazer a maratona de Lisboa, terminar em melhores condições e retirar cerca de 20' ao tempo do ano passado!!





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