3 meses após a ultima prova, onde
contraí uma tendinite, muitas sessões de fisioterapia ( que só terminam esta
semana ) e muito poucos treinos, voltei a participar numa prova.
3 meses.
3 meses após a ultima prova, onde
contraí uma tendinite, muitas sessões de fisioterapia ( que só terminam esta
semana ) e muito poucos treinos, voltei a participar numa prova.
Apesar de não gostar da expressão,
tinha a consciência que esta tinha de ser feita em ritmo de treino, e assim foi,
até porque as pernas também não permitiam mais. Voltei a treinar apenas a
partir do fim-de-semana da Páscoa, treinos não muito longos e lentos, pelo que
o ritmo tinha de ser muito bem gerido nesta prova. Para contrabalançar com isto
tudo, neste dia ia ter uma motivação muito especial à minha espera na meta: a
Ana Bela e os miúdos acompanharam-me até Fazendas de Almeirim J
A prova
Chegados a Fazendas de Almeirim,
dirigi-me ao secretariado para levantar o dorsal e o chip.
E aqui foi o único ponto que não gostei: fila desde a porta do centro cultural, que tanto servia para os 17 como para os 30k. Demorava imenso a avançar, e para piorar, os chips tinham de ser levantados indo para outra fila. Penso que no próximo ano esta situação pode e deve ser melhorada.
E aqui foi o único ponto que não gostei: fila desde a porta do centro cultural, que tanto servia para os 17 como para os 30k. Demorava imenso a avançar, e para piorar, os chips tinham de ser levantados indo para outra fila. Penso que no próximo ano esta situação pode e deve ser melhorada.
Depois de ir ao carro equipar,
voltar para a zona de partida. Fazer o aquecimento e posicionar-me. O ritmo cardíaco
aumenta e um nervoso miudinho toma conta de mim. Após 3 meses estava novamente
numa linha de partida. São dadas as ultimas indicações por parte da organização
e a partida.
Arranco com calma, mas dada a
quantidade de pessoas, acelero um pouco até chegar a uma zona com espaço, e
onde encontro o meu ritmo.
Cerca do km2 entramos nos
trilhos, e que trilhos!
Nota-se bem que esta prova foi
feita por atletas para atletas. Trilhos fantásticos, single tracks onde dá uma
vontade enorme de correr sem parar, um sobe e desce constante, algumas subidas
onde consigo ir a correr ( com os famosos baby steps! ), outras nem pensar,
autenticas paredes que são! e também porque não posso forçar nada, descidas
brutais onde mal dá para travar e só espero que não apareça nenhuma árvore mal
posicionada!! E ainda houve direito a cordas num destes desce e sobe! Brutal!!!
Os abastecimentos, estavam também
bem compostos, de conteúdo e simpatia por parte dos voluntários. Parei em
todos, comi e bebi água e isotónico, e segui.
Se nalgumas zonas ia na companhia
de outros atletas, por vezes ia sozinho, mas por nenhuma vez tive duvidas no
caminho. Marcações exemplares, fitas bem visíveis e a cada 5/10m. Espectacular!
Antes do ultimo abastecimento,
mais um autentico banquete, o trilho mais bonito onde corremos, na minha
opinião. Pelo meio de um bosque um singe track aos S, que eu só pedia que não chegasse
rápido ao fim. Apesar de já ir a sentir alguma fadiga muscular devido à
escassez de treinos, a tendinite não dava sinais de aparecer, e diverti-me
bastante nesta secção.
O último abastecimento!! |
Depois do ultimo abastecimento e
até à meta foi um autêntico passeio no parque, praticamente sempre a descer e
com a companhia de centenas de participantes na caminhada.
E ao entrar na
recta da meta, vejo ao fundo, a Ana Bela com a Madalena ao colo, e o Tomás, aos
saltos e a gritar por mim! Esta é a melhor recepção, o melhor pódio que se pode
ter. Veio a correr ao meu encontro, e juntos, de coração cheio, passámos a meta.
No abastecimento que estava na meta, quem comeu mais foi ele, premiado pelos
100m em que me acompanhou, que se empanturrou de batatas fritas!!!
Depois ainda houve direito a
almoço, mais um banquete, com a bela da sopa da pedra, bifanas enormes e sumos!!
Terminar esta prova soube-me
melhor que a ultima ultra que fiz, não só pela companhia a cortar a meta, mas também
porque depois de tantos dias em que até caminhar para o trabalho me custava,
semanas seguidas a ir todos os dias para a fisioterapia, consegui terminar a
prova sem dores de maior. A lesão ainda não está curada a 100%, mas para lá
caminha.
Toda a organização está de parabéns pelo excelente
trabalho, têm ali uma prova, e uns trilhos, de excelência.
Agora não sei qual será a próxima
prova, eventualmente os 21k do trail de Sesimbra em Junho ( vai ser impossível
estar em condições de fazer os 60 bem ), mas até lá, e até retomar os treinos
mais intensos, ainda tenho trabalho de reforço muscular para fazer na perna
esquerda, que se nota bastante mais enfraquecida que a direita neste momento.
Quanto ao Trail de Almeirim,
espero em 2017 estar de volta, desta feita para a distancia mais longa.